No caminho de preparação dos núcleos municipais para a sua atuação autônoma no controle social das rendas petrolíferas, após o encerramento do projeto, em setembro deste ano, ocorreu, no dia 15 de junho, no auditório do LENEP-UENF, em Macaé, a Assembleia de Constituição da Associação Regional Núcleo de Vigília Cidadã (ARNVC).
A Associação nasce como uma estratégia não apenas de sobrevivência dos 10 Núcleos de Vigília Cidadã da Bacia de Campos ao encerramento das atividades do Projeto de Educação Ambiental Territórios do Petróleo, mas de fortalecimento dos vínculos criados entre os sujeitos da ação educativa, bem como do reconhecimento da potência do trabalho que os núcleos já vêm desenvolvendo em cada território.
Construir uma associação regional foi uma proposta dos núcleos de perfil Associativo (Armação dos Búzios, Macaé e Rio das Ostras) a todos os demais membros, visando somar esforços, multiplicar as conquistas e reduzir as fragilidades locais. A ARNVC nasce com objetivos voltados ao controle social, como incentivar o conhecimento sobre orçamento público e sua aplicabilidade, com estímulo a participação popular; promoção da discussão coletiva dos impactos da indústria do petróleo e gás, entre outras matrizes energéticas; desenvolvimento de projetos em Educação Ambiental Crítica; formação e capacitação de lideranças, conselheiros; a publicização de metodologias com fundamento da educação popular, entre outras.
Na ocasião esteve presente a Reitora da Universidade Estadual do Norte Fluminense- Darcy Ribeiro, Rosana Rodrigues, que reforçou a parceria entre a UENF e a ARNVC, valorizando a importância do trabalho desenvolvido pelos membros dos Núcleos no controle social em cada município. Assim, a mesa diretora da reunião conduziu os trabalhos do dia e a Coordenação Geral foi empossada.
Alberto de Souza, membro do núcleo de Rio das Ostras, foi empossado Coordenador Geral e fez uma analogia com a identidade visual dos NVCs. “Tal como representado na assinatura visual de nossa associação, somos 10 municípios, de braços dados em ciranda, na qual não há ninguém mais importante que o outro, todos elos de uma corrente, fazendo girar a roda da vigília cidadã”.